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10-09-2008

Está bonito, mas é só para ver, não é para usar


Mealhada - Lavadouro do Pego não serve para as mulheres

Tem cores fortes e alegres, mas apesar de ter sido totalmente remodelado, o lavadouro do Pego não satisfaz quem o quer usar. Dizem as mulheres que não chegam à água e que têm que lavar à chuva e ao sol. A Câmara da Mealhada diz-se aberta a que se façam adaptações.

"Está bonito, mas é só para ver, não é para usar", afirma Maria de Lurdes Dinis, uma das idosas que usava diariamente o lavadouro e que já não o pode fazer. Diz que sempre falou aos membros da Junta de Freguesia da Vacariça para arranjarem os velhos tanques, mas a obra saiu "pior do que a encomenda".

As queixas são partilhadas por outras mulheres e homens da povoação da Vacariça. "O tanque está muito alto e a gente não chega à água, praticamente tem que estar deitada para molhar a roupa", explicou e exemplificou Matilde de Melo, uma das moradoras que, na última quarta-feira, marcou presença no pequeno ajuntamento junto à obra.

Se agora é o sol que bate nas pernas de quem usa o lavadouro, as mulheres estão preocupadas com o Inverno. "Tínhamos um lavadouro velhinho, mas era coberto, tinha um telhado de telha e estávamos abrigadas da chuva, agora com este não", diz Maria de Lurdes Dinis, referindo-se à curta pala que faz de tecto aos tanques. "Parece é um abrigo das camionetas", aponta Maria dos Anjos Bastos.

Aos homens preocupa também a elevação a que o lavadouro ficou. "Isto agora tem aqui estes degraus todos e as senhoras ali dobram-se e quem passa na estrada vê mais do que o que as senhoras querem", afirma António Borges.

Maria Gonçalves diz que foram sempre alertando os pedreiros para a altura dos tanques mas de nada adiantou. "Quem fez o desenho se calhar nunca esteve num tanque", afirma.

O presidente da Câmara da Mealhada, Carlos Cabral, desconhecia qualquer problema relacionado com o lavadouro. Adiantou ao JB que a obra está integrada no projecto de requalificação da aldeia e, apesar de desvalorizar a polémica levantada, referindo que o lavadouro será mais um elemento de preservação do património colectivo e não tanto de uso, está aberto a que se façam adaptações ao projecto. O autarca atribuiu a pequena manifestação a interesses particulares de um morador. "O senhor que organizou tudo isto devia era limpar toda a sucata que lá tem, para evitar que eu o obrigue a isso. Essa está bem mais bonita do que o lavadouro", ironizou Carlos Cabral.

Tânia Moita

tania@jb.pt


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